Como já foi aqui divulgado pela nosso amigo Rui, a AJURPE está preparada, desde o princípio do mês de Outubro, para fazer a descolagem para o ensaio das famosas peças de teatro que, como sabemos, já granjearam a simpatia e interesse do público rabopeixense. Recorde-se que, esse é um esforço que a ÚNICA associação juvenil da nossa Vila está a fazer para que possamos ver, renascer das cinzas, a vertente artística teatral que notabilizou grandes actores de Rabo de Peixe. Porém, e regressando à tentativa de activar a ignição dos ensaios, foi-nos dito que o Salão Paroquial de Rabo de Peixe não podia ser cedido, porque o mesmo estava arrendado à Fundação Para o Desenvolvimento Sócio-Profissional da Ribeira Grande. Contactado o seu director, Exmo. Senhor Prof. Francisco Xavier, o mesmo avançou que não havia qualquer entrave e que a AJURPE tinha "carta branca", por parte da referida Fundação. Contudo, e no meio do vendaval burocrático, continuamos sem poder ensaiar as nossas criações, enquanto aguardamos por uma resposta dos "donos" da Salão Paroquial. Conclusão(primeira), quando não se quer ceder ou fazer algo, atira-se a batata quente para onde dá mais gozo. Conclusão (segunda),em Rabo de Peixe não há lugar para a cultura desenvolvida pelas forças vivas constituidas por rabopeixenses. Continua-se a "abrir as pernas" para o que vem de fora, enquanto que os filhos da terra levam coices e chibatadas psicológicas. Este é o reflexo do subdesenvolvimento cultural e social de Rabo de Peixe, motivado, em muito, pelos "líderes" locais.
Não quero com isso dizer que, é da responsabilidade da Igreja de Rabo de Peixe ceder o Salão Paroquial para os referidos ensaios. É apenas o único local que nos resta, já que o mui nobre Cine Teatro Mira-Mar fecha às 20:00h, porque o segurança acaba o seu horário de trabalho.Aliás, essa história cheira a dejá-vu. No ano passado quase foi preciso uma autorização divina de Sua Excia. o Presidente da República, para que pudessemos apresentar as peças no "nosso" Mira-Mar.
Bem haja a todos.